domingo, 19 de agosto de 2012

Uma viagem, muitas histórias: Parte I - Amsterdam

E estamos de volta senhoras e senhores! Os dias têm sido corridos, tenho muita coisa interessante pra contar e meus dedos estão formigando com vontade de escrever!!
Graças às nobres visitas dos caríssimos Anna e Diogo (este contando sua vida na França aqui, vale a pena!), aos também brasileiros na Holanda: Anderson, Mariceli, Gabriela, Rafael, Paula e Júlio e a holandesa multicultural Nathalie, fiz algumas viagens por esse país e agora posso contar o que de mais impressionante vi nos Países Baixos!

Amsterdam: a cidade que é atração só por existir

Eu ficaria feliz só em ir pra Amsterdam e poder andar pelas margens dos infinitos canais, olhar a arquitetura e os detalhes nas casas antigas, poder sentar num banco e ficar observando a cidade viva, pulsante... Mas, além disso, há muito mais para ver!
Começar com um passeio de barco é uma ótima ideia. Dá pra ver quase todo o centro da cidade, andar pelos canais e ouvir um pouco de história, tudo isso em uma hora e sem cansar!


E que tal ir visitar a Madame Tussaud? Ela está em Amsterdam também (pelo menos a estátua de cera sim!). Além de cada estátua ser muito realista (eu e o Diogo confundimos pessoas vivas com estátuas e vice-versa), tietar cada figura é a parte mais divertida. Posar com a rainha, entrar no quadro da Mona Lisa, jogar tênis com o Nadal, ser entrevistado pela Oprah... É só usar a criatividade para escolher a melhor cena!

Einstein e seu amigo Diogo conversando sobre a relatividade (1950)
Na frente da Madame Tussaud está o ponto de encontro da cidade, a praça Dam. Ali é possível pagar um cocheiro pra te mostrar a cidade em uma charrete ou ver os diversos artistas cantando, fazendo bolas de sabão gigantes ou ainda apreciar as estátuas vivas (dica esperta: se for tirar foto de uma dessas não esqueça de pagar, as "estátuas" não gostam de trabalhar de graça!).

Saindo dali é só seguir para a Casa da Anne Frank. Não conhece? Aqui está a triste história dela e sua família tentando sobreviver à 2ª Guerra Mundial. 
A visita na casa é um passeio triste, mas edificante. Ver aquele local onde oito pessoas sobreviviam trancados, as declarações dos pais e amigos da família, as paredes ainda decoradas com as figuras coladas por Anne tornam a Guerra mais tangível do que nos livros de História. 
É um passeio incrível, um momento de reflexão e aprendizado que vão ficar pra toda vida! E a leitura do Diário de Anne Frank também é uma ótima opção pra entender o contexto da guerra.

Tamanha fama só poderia resultar em filas enormes na entrada! Aí existem algumas estratégias: 
1. Encarar a fila (pode demorar 40 min ou mais);
2. Chegar bem cedo ou bem tarde (a Casa é aberta até 21h ou 22h, o site oficial é esse)  ;
3.Pagar 50 centavos a mais, comprar o ticket online e ir direto para a entrada (eu recomendo!)


O próximo destino é a Musemplein, a Praça dos Museus. Mas no caminho é parada obrigatória o Bloenmarkt, o mercado das Flores. A especialidade holandesa concentrada numa rua, cores diferentes em cada tipo de flor, milhares de bulbos à venda. E há um bônus: na mesma rua estão diversas lojas bacanas pra comprar souvenir (e o povo foi criativo em criar adereços), uma loja só de produtos natalinos (saí de lá feito uma criança) e lojas que vendem queijos de todos os tipos e cores (com degustação grátis, para gordos e magros!).
Chegando na Museumplein é preciso tirar foto no "I amsterdam", local que se tornou símbolo da cidade. Aí qualquer um pode se tornar o acento da letra "I", deitar no "d" ou na voltinha do "m"! Só é preciso um pouco de  paciência pra tirar foto, pode levar tempo até conseguir um ângulo sem alguém na sua frente.

Nós estivemos em Amsterdam e podemos provar!
Que tal descansar um pouco no gramadão da praça e apreciar a vista? Na frente está o Rijksmuseum, o museu Nacional; ao lado a Coster Diamonds (tour guiado sobre diamantes!), aos fundos o Museum Van Gogh (infelizmente fechado a partir de setembro para renovação) e o Stedelijk Museum. No final da praça está o Concertgebouw (e esse lugar é realmente famoso para os versados em música clássica, erudita, etc. Aqui está a prova).
E olhando rapidamente para o outro canto, quase em linha reta com o Concertgebouw, é uma bandeira americana? Sim, o consulado dos EUA fica exatamente lá (e como essa informação pode lhe ser útil eu não sei!).

A cinco minutos da Museumplein está o Hard Rock Café Amsterdam. Pra quem curte música é o lugar certo pra visitar, instrumentos dos maiores músicos na parede, fotos e assinaturas penduradas. E claro, a lojinha com as famosas roupas Hard Rock.

Adivinha qual a próxima parada? Eu não me esqueci do Red Light District. Ok, já falei disso aqui antes, agora é só ir visitar. É uma área que a noite é bem movimentada e também não tão segura, então é melhor ter um pouco de cuidado. Muitos coffee shops também estão na região, então há um "certo" cheiro forte espalhado no ar.
Fotos no Red Light District? Nem pensar, fotos são proibidas e seguranças estão por ali pra garantir isso :)


(sem foto do Red Light District, mas que pena... E esse é um blog família, ok?)


E ainda tem muito mais coisa pra ver: Vondelpark, Nemo Museum (não é do filme, mas é tão divertido quanto), Amsterdams Historisch Museum, Hortus Botanicus, as diversas igrejas da cidade; a maioria desses lugares ainda estão na minha listinha de "A visitar". 

Caótica, multicultural, livre: Amsterdam
Nem pense em visitar Amsterdam e ficar apenas um dia! Há tanta coisa pra ver, tantos lados da cidade diferentes pra se aprender. Amsterdam é rica em história, em monumentos, em diversão. É uma caixa de magias, esperando a próxima vez pra ser aberta e mostrar sua fantasia!

E uma curiosidade: você sabia que Nova Iorque era inicialmente chamada de Nova Amsterdam?? Pois é, os neerlandeses chegaram lá antes dos ingleses. A região do Brooklyn e de Harlem também derivam de cidades holandesas (Breukelen e Haarlem). Mas aí, na troca de possessões, a América do Norte passou pros ingleses e dar nome é marcar possesão!

Esse tour está só começando! História é o que não falta neste país. A próxima parada é a cidade que me recebeu de braços abertos, Utrecht. E aí, você me acompanha?

Fotos: créditos ao Diogo e sua máquina!